Eu me entrego
*************meu corpo
********************par
***********************te
-se
quando vislumbro o borrão
do brilho dos grãos de areia
da ferocidade da besta que se entrega
dos corpos certamente mais
uniformes
.
Na minha ausência
todo meu cuidado estético se revela
e se compromete
e inutilidades.
Existe o conforto
das unhas crescendo
dos cabelos caindo
dos vermes comendo meus músculos
que já não pulsam mais:
Permanecem restados nos ossos esfarelados e poeira de madeira enigmaticamente envolvidos pela terra.
E, na memória do sentimento morto
cabe o ataque involuntário
cabe o suicídio
cabe minha caveira dentro do armário.
Rafael Lemos, 07-05-'09.
Cartum sobre a vaidade
Há 5 anos
Um comentário:
Bah, muito interessante esse poema! Não o tinha lido antes!
bjos. =*
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